domingo, 1 de agosto de 2010

Decadência cultural

Não é um artigo que empunha a bandeira do saudosismo, mas definitivamente, o produção artístico-cultural das décadas de 80 e 90 eram mais ricos.

Na década de 80, tivemos grandes produções cinematográficas, filmes que marcaram sua época, revolucionaram a arte em tela. Foram tão bons, que hoje em dia estão sendo refilmados (remake), por que os cineastas não estão encontrando criatividade para seus enredos.

Na década de 80, tínhamos grandes bandas, grandes músicas: Toto, Chicago, Gênesis, Michael Bolton, Simply Red, U2. Músicos fantásticos, criadores de estilos, timbres, e produções musicais que são copiadas até hoje. Letras fantásticas, canções e melodias compostas com extrema sensibilidade.

Bom, na década de 90, a mesma coisa: grandes filmes no cinema, grandes enredos, atores consagrados. Na música: Bon Jovi, Nirvana, Red Hot, Guns´n Roses, etc.

Hoje, tú vai no cinema, é um desastre. Antigamente ficava-se na dúvida qual filme se assistiria, por que todos eram sucessos de bilheterias, tinham enredo rico, retratavam algum período histórico com fidelidade maestral, ou mesmo, nos conduziam a bom entretenimento em filmes de ação ou comédia. Hoje tá complicado. A indústria cinematográfica tem deixado a desejar, os filmes são extremamente pobres de enredo. Aí vai ter sangue na tela, comédia pornográfica, ou animação para adultos. Na melhor das hipóteses, um workshop de efeitos especiais, mostrando apenas a tecnologia.

Na música, um bate-estaca de doer, composições pobres de letra e melodia, músicos terríveis, e tudo bastante voltado para venda. Dane-se a qualidade, importa ganhar dinheiro às custas do mau gosto popular. Um pop que se denomina sertanejo, um forró que se nomina sertanejo, e um xote que também se denomina sertanejo. Por que se falar que é sertanejo, vende.

Ou senão é bate-estaca, ou então, um funk com aquela letra ontológica, ou um pagode...

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